BRASIL, julio 2021, Unicamp
O software Qualichat, desenvolvido na Unicamp com o objetivo de ser uma ferramenta de combate às fake news, está com chamada aberta para pesquisadores que desejem utilizá-lo. A chamada inclui também tutoriais acerca do uso da ferramenta, que foi desenvolvida pelo pós-doutorando do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), Fernando Nobre Cavalcante. Através do software, pesquisadores podem realizar análises de grupos do aplicativo WhatsApp, de forma gratuita.
Por meio da análise de conversações, o Qualichat permite a obtenção de dados como notícias e temas mais compartilhados no grupo estudado, pessoas envolvidas, símbolos comumente utilizados e especificidades temporais da linguagem, explica Fernando. O pesquisador exemplifica a importância das funcionalidades do software a partir do contexto atual, de circulação de desinformações a respeito da pandemia. “Dados da Fiocruz revelam que 10,5% das notícias falsas sobre Covid-19 foram publicadas no Instagram, 15,8% no Facebook e 73,7% circuladas pelo WhatsApp. Nesse contexto, o Qualichat é uma ferramenta importante no combate à desinformação”, avalia.
O software está disponível para a utilização de qualquer pessoa, através da linguagem aberta Phyton. No entanto, o pesquisador pontua que a chamada, aberta até o dia 31 de julho, tem o objetivo de oferecer também suporte à utilização, com a realização de tutoriais. “Detectar a opinião pública em grupos é o objetivo do nosso pacote computacional gratuito para pesquisadores”, diz Fernando. Ele também pontua que a ferramenta segue sendo aperfeiçoada, e o passo seguinte será lançar uma funcionalidade que possa detectar a presença de robôs, os chamados bots, no Whatsapp.
O software não coleta ou armazena dados, estando em alinhamento com a Lei Geral de Proteção de Dados e com a General Regulation of Data Protection (GDPR).
Alinhando pesquisas qualitativas e quantitativas
O software Qualichat é desenvolvido por uma rede de pesquisadoras e pesquisadores da temática Humanidades Digitais e Pós-Humanismos do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp sob a supervisão do professor livre-docente Marcelo Buzato, que explica a importância de uma ferramenta como essa em pesquisas qualitativas. “Esses métodos digitais são muito úteis para entender as conversas muito grandes. Você tem milhões de pessoas conversando e existem sentidos ali que são coletivos e que se constroem de um jeito que você não consegue capturar sem usar métodos quantitativos fortes”, diz o professor.
O docente também ressalta a relevância da união de métodos qualitativos e quantitativos, e afirma que o Qualichat contribui ao fazer essa ponte. “É muito importante a gente encontrar métodos que permitam essa conversa entre ciências humanas e exatas, e isso vai passar por encontrar métodos quantitativos e qualitativos. A aplicação do Qualichat e outras vêm num quadro interessante para não cair num reducionismo de quantitativo duro, mas ao mesmo tempo dá conta da quantidade de coisas que acontecem”, diz.
O projeto também é resultado de debate com o Laboratório de História da Comunicação e Mudanças da Mídia da Universidade de Bremen, na Alemanha, e recebeu investimentos da Associação de Ciências Políticas dos Estados Unidos para os custos do desenvolvimento.
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Ferramenta desenvolvida na Unicamp auxilia em pesquisas sobre fake news no Whatsapp
BRASIL, julio 2021, Unicamp
O software Qualichat, desenvolvido na Unicamp com o objetivo de ser uma ferramenta de combate às fake news, está com chamada aberta para pesquisadores que desejem utilizá-lo. A chamada inclui também tutoriais acerca do uso da ferramenta, que foi desenvolvida pelo pós-doutorando do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), Fernando Nobre Cavalcante. Através do software, pesquisadores podem realizar análises de grupos do aplicativo WhatsApp, de forma gratuita.
Por meio da análise de conversações, o Qualichat permite a obtenção de dados como notícias e temas mais compartilhados no grupo estudado, pessoas envolvidas, símbolos comumente utilizados e especificidades temporais da linguagem, explica Fernando. O pesquisador exemplifica a importância das funcionalidades do software a partir do contexto atual, de circulação de desinformações a respeito da pandemia. “Dados da Fiocruz revelam que 10,5% das notícias falsas sobre Covid-19 foram publicadas no Instagram, 15,8% no Facebook e 73,7% circuladas pelo WhatsApp. Nesse contexto, o Qualichat é uma ferramenta importante no combate à desinformação”, avalia.
O software está disponível para a utilização de qualquer pessoa, através da linguagem aberta Phyton. No entanto, o pesquisador pontua que a chamada, aberta até o dia 31 de julho, tem o objetivo de oferecer também suporte à utilização, com a realização de tutoriais. “Detectar a opinião pública em grupos é o objetivo do nosso pacote computacional gratuito para pesquisadores”, diz Fernando. Ele também pontua que a ferramenta segue sendo aperfeiçoada, e o passo seguinte será lançar uma funcionalidade que possa detectar a presença de robôs, os chamados bots, no Whatsapp.
O software não coleta ou armazena dados, estando em alinhamento com a Lei Geral de Proteção de Dados e com a General Regulation of Data Protection (GDPR).
Alinhando pesquisas qualitativas e quantitativas
O software Qualichat é desenvolvido por uma rede de pesquisadoras e pesquisadores da temática Humanidades Digitais e Pós-Humanismos do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp sob a supervisão do professor livre-docente Marcelo Buzato, que explica a importância de uma ferramenta como essa em pesquisas qualitativas. “Esses métodos digitais são muito úteis para entender as conversas muito grandes. Você tem milhões de pessoas conversando e existem sentidos ali que são coletivos e que se constroem de um jeito que você não consegue capturar sem usar métodos quantitativos fortes”, diz o professor.
O docente também ressalta a relevância da união de métodos qualitativos e quantitativos, e afirma que o Qualichat contribui ao fazer essa ponte. “É muito importante a gente encontrar métodos que permitam essa conversa entre ciências humanas e exatas, e isso vai passar por encontrar métodos quantitativos e qualitativos. A aplicação do Qualichat e outras vêm num quadro interessante para não cair num reducionismo de quantitativo duro, mas ao mesmo tempo dá conta da quantidade de coisas que acontecem”, diz.
O projeto também é resultado de debate com o Laboratório de História da Comunicação e Mudanças da Mídia da Universidade de Bremen, na Alemanha, e recebeu investimentos da Associação de Ciências Políticas dos Estados Unidos para os custos do desenvolvimento.
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